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Nota sobre o caso de racismo ocorrido no curso de história da UNIFAP

Foto do escritor: UTOPIA NEGRA - ENEGRECER A POLÍTICA AMAPAENSEUTOPIA NEGRA - ENEGRECER A POLÍTICA AMAPAENSE

O Coletivo Utopia Negra Amapaense, em conjunto com o Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Amapá – SINDUFAP, o Levante Popular da Juventude Amapá, a União da Juventude Comunista Amapá – UJC, o Grupo de Pesquisa Ditaduras e Democracias – PGDD, o Laboratório de Estudos da História Social do Trabalho na Amazônia – LEHSTAM, a Associação Nacional de História Seccional Amapá- ANPUH-AP e a Rede de Historiadores Negros vem a público manifestar seu profundo repúdio frente ao episódio racista que aconteceu dia 24/08 (quarta-feira), a noite durante uma aula da disciplina Oficina Pedagógica Extensionista: educação e relações étnico-raciais no curso de Licenciatura em história no Campus Marco Zero da Universidade Federal do Amapá-UNIFAP.


O episódio ocorreu enquanto um acadêmico negro fazia uma fala em uma aula sobre o tema racismo e alguns outros estudantes em sala riam e trocavam mensagens e figurinhas racistas em um grupo de WhatsApp composto por alunos vinculados ou próximos do Centro de Memória, Documentação Histórica e Arquivo da UNIFAP – CEMEDHARQ. O racismo se apresenta em nossa sociedade de diferentes formas, inclusive na ridicularização de nossas lutas e sofrimento, assim como na propagação do discurso de desumanização de pessoas negras. Reconhecendo a importância da reivindicação da dignidade e direitos das pessoas negras na sociedade, renovamos nossa disposição na construção da luta antirracista e na mobilização de movimentos, coletivos, sindicatos e os cidadãos para uma articulação a composição de ato em combate ao racismo nas universidades.


Não iremos tolerar ataques racistas e tampouco normalizar esse tipo de comportamento por parte de estudantes. É lamentável ter como protagonistas desse episódio de racismo futuros professores de história, e que compõem um Centro de Memória da universidade pública destinado a preservar a história do estado do Amapá, a qual é construída e mantida por pessoas negras. O povo negro amapaense não será silenciado pela branquitude que insiste em mascarar seu racismo enquanto “brincadeira”.


Apesar de em sua carta o CEMEDHARQ afirmar que o caso não foi realizado no grupo oficial do centro, nem em suas dependências ou por sua direção, entendemos que o Centro de Memória, antes de mais nada, é produto também dos acadêmicos que o compõem. Dessa forma, visto que uma das praticantes do caso é membro do referido centro e estava atuando em um projeto, cabe ao CEMEDARQ tomar medidas a altura do caso de forma interna e externa, assim como estendemos essa solicitação a reitoria da UNIFAP e a Coordenação do Curso de História.


Atenciosamente, as coordenações das instituições Utopia Negra Amapaense, Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Amapá -SINDUFAP, Levante Popular da Juventude, União da Juventude Comunista do Amapá- UJC, Grupo de Pesquisa Ditaduras e Democracias -GPDD, Laboratório de Estudos da História Social do Trabalho na Amazônia – LEHSTAM, Associação Nacional de História Seccional Amapá- ANPUH-AP e Rede de Historiadores Negros

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